Teste seus conhecimentos sobre pneumática
Esta postagem foi publicada em 28 de agosto de 2017A tecnologia pneumática é um recurso fundamental para a transmissão de energia na automação da manufatura. O ar comprimido é amplamente empregado por sua capacidade de amortecimento, proporcionando um movimento mais sutil do que o dos drives hidráulicos e eletromecânicos, principalmente nas operações que envolvem manipulação de materiais.
Diante da versatilidade dos cilindros pneumáticos, é possível transformá-los em uma solução de ótimo custo benefício, bastando para isso aplicar certos conhecimentos. Acompanhe a seguir algumas dicas que podem ajudá-lo a otimizar o retorno sobre seu investimento em cilindros pneumáticos.
Evite montagem com carga lateral
Cilindros pneumáticos são projetados para executar ações de avançar e retornar. A montagem com carga lateral pode causar desalinhamento, descentralização ou desvio da haste, torque impreciso com emperramento ou lentidão no curso da haste.
Durante a instalação, a haste do cilindro de pistão deve ser alinhada com o componente de encaixe na máquina. Esse alinhamento deve ser conferido com o cilindro aberto e fechado. O alinhamento incorreto reduz a vida útil do cilindro devido ao atrito excessivo da haste e/ou pelo desgaste interno do cilindro.
Previna-se contra a contaminação
Impurezas como partículas sólidas, oxidação, escamações e resíduos de fitas vedantes podem reduzir a vida da vedação e danificar a superfície do cilindro. Mantenha no lugar os tampões que vedam a entrada de ar do cilindro e que acompanham o produto até que o sistema de ar comprimido esteja com as tubulações montadas e prontas para uso. Se isso não for possível, limpe cuidadosamente a tubulação antes de conectá-la aos cilindros.
Em todas as aplicações de ar comprimido, a umidade tende a se acumular nos componentes, bloqueando o fluxo de ar, comprometendo a pré-lubrificação, adulterando a lubrificação dos componentes pneumáticos, danificando a superfície do tubo ou da haste e congelando sob baixas temperaturas de trabalho.
Procure usar hastes e parafusos de aço inoxidável, ou revestimentos especiais ou ainda pintura com tinta epóxi. E tenha muito cuidado com óleos resultantes da lubrificação do compressor de ar e lubrificantes sintéticos, que são tipicamente incompatíveis com componentes pneumáticos. Esses fluidos podem dilatar as vedações e plugues. Use somente vedações compatíveis com os lubrificantes.
Opções de lubrificação
Cilindros submetidos a aplicações que envolvem altas velocidades de trabalho costumam desenvolver energia cinética no final do curso, e o calor gerado pelo sistema pode exceder os limites de temperatura do cilindro. Nesses casos, procure selecionar um cilindro não lubrificado, ou adicione um lubrificador ao sistema de preparação de ar, ou ainda use um sistema de lubrificação por injeção.
Outra solução é instalar um amortecedor no cilindro ou reduzir a pressão do sistema por meio de um registro no retorno (lado não-operante do ciclo). Por fim, controlar a vazão do cilindro pode ser útil, desde que a aplicação não envolva altas velocidades.
Atenção aos limites
Quando os cilindros operam acima de suas capacidades máximas, o processo causa maior fricção e estresse às vedações. O resultado dessa prática resulta, geralmente, em cabeçote traseiro quebrado e atuadores desintegrados.
Todavia, se o sistema dispuser de controle de velocidade ou de dispositivos absorvedores de energia, os picos de pressão poderão superar em duas ou três vezes as pressões normais de trabalho.
Certifique-se de que os acessórios da haste estão firmemente ancorados, rosqueando totalmente seus parafusos ou usando espaçadores ou calços. Alternativamente, considere aumentar o tamanho da haste ou colocar um cabeçote traseiro reforçado.
Fonte: http://blog.parker.com/br/teste-seus-conhecimentos-sobre-pneumatica